Retratos de presença.
Sobrepostos, imperfeitos e ainda em desdobramento.
Cada uma destas pinturas traça o terreno em constante mudança do tempo, da emoção e da memória. Camadas de marcas, tinta, pincel e rolo constroem superfícies que simultaneamente ocultam e revelam o que se encontra por baixo.
As marcas não são representações, mas resíduos — fragmentos de um tornar-se. Nas suas texturas, há algo a dizer sobre o envelhecimento, sobre o que perdura e o que desaparece. Cada obra regista um momento de descoberta, uma conversa silenciosa entre a intenção e o acaso.
No fim, estas obras não são retratos de como alguém se vê, mas de como vivemos — sobrepostos, imperfeitos e ainda em desdobramento..